Seis manifestantes são condenados em Cuba por protestos contra apagões

Bianca Almeida
Tempo: 2 min.

Um tribunal de Cuba condenou, em 24 de outubro de 2025, seis manifestantes a penas que variam de cinco a seis anos de prisão. As sentenças foram proferidas após um protesto realizado em 20 de outubro de 2024, na cidade de Manicaragua, em resposta à falta de energia elétrica que afetava a população. O julgamento ocorreu no Tribunal Provincial de Villa Clara, conhecido por tratar crimes contra a segurança do Estado.

Os manifestantes, que se reuniram durante um colapso do sistema elétrico, foram acusados de interromper a circulação viária e perturbar a tranquilidade pública. O Observatório Cubano de Direitos Humanos expressou preocupação com a criminalização do direito ao protesto, destacando que tais medidas refletem uma repressão crescente às vozes dissidentes em um contexto de crise social. Desde 2022, os protestos por falta de energia se intensificaram em Cuba, com a população enfrentando apagões frequentes.

As condenações recentes fazem parte de um padrão de repressão a manifestantes, que inclui a prisão de 180 pessoas entre 2022 e 2025, segundo a ONG Cubalex. Essas ações podem gerar um clima de temor entre a população, dificultando a expressão de descontentamento. A situação em Cuba continua a suscitar debates sobre os direitos humanos e a necessidade de reformas sociais para lidar com a crise energética.

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