São Paulo enfrenta novo surto de intoxicação por bebidas com metanol, recordando caso de 1992

Marcela Guimarães
Tempo: 2 min.

Em dezembro de 1992, a região metropolitana de São Paulo enfrentou um grave surto de intoxicação por bebidas adulteradas com metanol, que resultou em quatro mortes e mais de 160 pessoas intoxicadas. O Instituto Adolfo Lutz confirmou a contaminação em bebidas servidas em uma danceteria de Diadema, onde as vítimas consumiram um drinque conhecido como “bombeirinho”, feito de vodca com groselha. Na ocasião, dezenas de pessoas buscaram atendimento no Hospital Público de Diadema com sintomas como dores de cabeça, náuseas e problemas visuais.

Poucos dias após o início do surto, o número de intoxicados aumentou, chegando a mais de 110 atendimentos no hospital local, com 28 internações e três mortes confirmadas. A quarta vítima foi encontrada em Santo André, e exames do Instituto Médico Legal confirmaram a presença de metanol no organismo. O episódio marcou a região e permanece como referência para as autoridades diante dos recentes casos semelhantes.

Atualmente, São Paulo enfrenta nova onda de intoxicações por metanol. O Centro Nacional de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde notificou 43 casos no país, sendo 39 em São Paulo, com um óbito confirmado e outras mortes sob investigação. Pernambuco também registra casos e mortes em apuração. Em resposta, o governo estadual criou uma força-tarefa para fiscalizar estabelecimentos comerciais e impedir a circulação dessas bebidas adulteradas. A Polícia Federal coordena as investigações junto aos órgãos de vigilância sanitária.

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