O governo do estado de São Paulo confirmou nesta quarta-feira (1º) a morte de uma pessoa por intoxicação causada por metanol e investiga outras cinco mortes suspeitas relacionadas ao mesmo problema. Até o momento, dez casos foram confirmados, incluindo a fatalidade, e 27 permanecem sob investigação, com registros na capital paulista e em São Bernardo do Campo, na região metropolitana.
Em resposta à crise, o governador Tarcísio de Freitas instalou um gabinete de crise e determinou a interdição cautelar de seis estabelecimentos suspeitos de comercializar bebidas adulteradas. As ações das Vigilâncias Sanitárias Estadual e Municipal resultaram também na suspensão preventiva da inscrição estadual de uma distribuidora e na análise para possível suspensão de outras três. Operações policiais em Mogi das Cruzes e Americana apreenderam milhares de garrafas e detiveram suspeitos envolvidos na venda irregular.
O metanol é altamente tóxico e pode causar sintomas como dores abdominais intensas, tontura e confusão mental, além de sequelas graves como perda da visão. As autoridades alertam para a necessidade de buscar atendimento médico em até seis horas após o início dos sintomas para evitar agravamento. O governo estadual criou um canal exclusivo para denúncias, reforçando o combate à circulação de bebidas adulteradas e protegendo a saúde pública.