O Santander Brasil divulgou um lucro líquido recorrente de R$ 4 bilhões no terceiro trimestre de 2025, representando um crescimento de 9,6% em relação ao trimestre anterior e superando as previsões do mercado. O retorno sobre o patrimônio alcançou 17,5%, superior ao estimado por analistas, mas a preocupação com a qualidade do lucro persiste, especialmente com o aumento do índice de inadimplência nos últimos meses.
Os resultados foram impulsionados por uma redução nas despesas operacionais e na alíquota efetiva de impostos, que caiu para 4,4%. Contudo, analistas do JPMorgan e do Morgan Stanley alertam para a fragilidade da receita líquida de juros, que apresentou queda, e a deterioração da qualidade dos ativos, o que pode impactar a sustentabilidade do crescimento do banco. A recuperação dos empréstimos e a otimização de custos são fatores positivos, mas a performance em tesouraria gerou perdas significativas.
Embora o Santander tenha apresentado um resultado que superou as expectativas, os especialistas permanecem cautelosos em relação ao impacto nas ações da instituição. A recomendação do JPMorgan é de ‘overweight’ para os ativos, destacando um valuation atrativo, enquanto o Bradesco BBI mantém uma visão neutra, apontando para um crescimento moderado. As incertezas sobre a qualidade do lucro e o aumento da inadimplência exigem atenção contínua do mercado.