O Santander Brasil divulgou um lucro líquido recorrente de R$ 4 bilhões no terceiro trimestre de 2025, o que representa um aumento de 9,6% em relação ao trimestre anterior e supera as projeções do mercado. Esse resultado foi impulsionado por uma redução nas despesas operacionais e uma alíquota de imposto efetiva de apenas 4,4%, que ficou abaixo das expectativas de analistas. Apesar dos números animadores, o índice de inadimplência superior a 90 dias subiu para 3,4%, levantando preocupações sobre a saúde financeira do banco.
Analistas do Bradesco BBI e JPMorgan expressaram visões mistas sobre os resultados. Enquanto o Bradesco elogia a resiliência operacional do Santander, o JPMorgan aponta que a qualidade do lucro é fraca, devido a uma receita líquida de juros em declínio e perdas significativas em tesouraria. As instituições financeiras destacam a importância de monitorar a formação de inadimplência, que se manteve estável, além da otimização dos custos e crescimento da carteira de empréstimos, que acelerou 4% ano a ano.
Embora o Santander tenha superado as expectativas de lucro, a avaliação do mercado permanece cautelosa. O Morgan Stanley e o JPMorgan recomendam manter a exposição acima da média para os ativos da instituição, dada a atratividade dos múltiplos atuais. No entanto, a expectativa de crescimento moderado e a qualidade dos resultados levantam dúvidas sobre a sustentação dessa performance no futuro próximo.

