Santander adota cautela com ações da Petrobras devido a preços do petróleo

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

O Santander manifestou preocupação em relação às ações da Petrobras, citando uma perspectiva negativa para os preços do petróleo até 2026. Em um relatório assinado por sua equipe de analistas, o banco sugere que a exposição à distribuição de combustíveis por meio da Ultrapar é uma opção mais viável no momento. A análise indica que, embora algumas petroleiras estejam relativamente protegidas no curto prazo, a volatilidade do petróleo pode impactar seus resultados futuros.

Os especialistas do Santander destacam que a Petrobras frequentemente não realiza hedge de preços do petróleo e deve continuar a focar em otimizações de capital. O banco prevê que a estatal apresentará um plano estratégico para o período de 2026 a 2030 em novembro, com cortes orçamentários que podem ultrapassar US$ 8 bilhões. Além disso, a análise indica que, entre as empresas avaliadas, a PetroReconcavo é a mais resiliente a uma possível queda nos preços do petróleo.

A visão cautelosa do Santander é motivada pela diminuição da demanda sazonal e pelo aumento das exportações da Opep+, que pode manter os preços do Brent abaixo de US$ 60 por barril. Nesse cenário, o banco estima que o projeto Brava representaria cerca de 16% do lucro ajustado previsto para o ano. A situação do mercado de petróleo continua a ser volátil, e as empresas precisam estar preparadas para os riscos que isso acarreta.

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