Entre 2018 e 2023, o Reino Unido registrou a perda de aproximadamente 604 km² de áreas naturais e agrícolas, o que equivale ao tamanho da New Forest, devido à expansão urbana e construção civil. Deste total, cerca de 12 km² correspondem a territórios protegidos na Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte, áreas reconhecidas por sua importância ambiental e paisagística. A investigação conduzida pelo The Guardian em parceria com organizações europeias destaca que essa redução equivale a 1.680 campos de futebol de espaços naturais que foram convertidos em concreto e edificações.
A diminuição dos espaços verdes ocorre em um contexto de crescente urbanização e pressão por desenvolvimento imobiliário, mesmo em regiões consideradas de beleza natural excepcional. A perda diária média na Europa chega a 600 campos de futebol, refletindo uma tendência preocupante que ameaça a biodiversidade, os ecossistemas locais e a qualidade de vida das populações. O debate sobre o equilíbrio entre crescimento econômico e conservação ambiental ganha força diante desses dados alarmantes.
Especialistas alertam para as consequências ambientais e sociais dessa transformação do território, que pode agravar problemas como a poluição, o aumento das ilhas de calor urbanas e a redução dos espaços públicos para lazer. A situação exige políticas públicas mais rigorosas e estratégias eficazes para proteger os últimos remanescentes de áreas naturais, garantindo a sustentabilidade e o acesso à natureza para as futuras gerações.