Reforma Casa Brasil pode injetar R$ 52,9 bilhões no PIB, diz FGV

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

O programa Reforma Casa Brasil, lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, possui um potencial estimado de adicionar R$ 52,9 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e gerar quase R$ 20 bilhões em arrecadação de impostos. Esta iniciativa, voltada para a classe média, propõe a disponibilização de R$ 40 bilhões em crédito habitacional para reformas de residências que enfrentam problemas estruturais. O impacto positivo sobre o PIB da construção civil, caso os recursos sejam liberados em um único ano, é estimado em R$ 17,7 bilhões.

De acordo com um estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), a demanda gerada pelo programa também deve impulsionar a indústria e o comércio de materiais, resultando em um acréscimo adicional de R$ 35,2 bilhões. Especialistas ressaltam que a execução eficaz do programa é fundamental para atender a uma lacuna habitacional significativa, onde 27,6 milhões de domicílios apresentam algum tipo de inadequação. A coordenação desse processo será essencial para evitar distorções que possam prejudicar os resultados esperados.

Os pesquisadores enfatizam que a construção civil enfrenta desafios como a escassez de mão de obra, que pode impactar a capacidade de execução do programa. Embora o setor tenha um dos maiores salários médios, a dificuldade em contratar trabalhadores pode atrasar a implementação do crédito habitacional. O sucesso do Reforma Casa Brasil dependerá, portanto, da atenção do governo às questões operacionais e à correção de eventuais obstáculos ao longo do caminho.

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