O programa Reforma Casa Brasil, anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tem potencial para adicionar R$ 52,9 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Com foco na classe média, a proposta prevê R$ 40 bilhões em crédito habitacional destinado a reformas de residências. A expectativa é que essa medida também gere um aumento de quase R$ 20 bilhões na arrecadação de impostos, conforme estudo da Fundação Getúlio Vargas.
O estudo indica que a liberação dos R$ 40 bilhões em um único ano resultaria em um impacto significativo no setor da construção, responsável por movimentar diversos outros setores da economia. Os efeitos diretos e indiretos dessa injeção de recursos podem proporcionar um crescimento de 0,38 ponto porcentual no PIB nacional. Contudo, especialistas alertam que a eficácia do programa dependerá da forma como os recursos serão operacionalizados e distribuídos.
Além de atender a uma demanda habitacional urgente, o programa enfrenta desafios, como a escassez de mão de obra no setor da construção. Com salários médios elevados, o setor já demonstra dificuldades em encontrar trabalhadores capacitados. O governo deverá monitorar a implementação da reforma para assegurar que os benefícios não se diluam e que as carências habitacionais do país sejam efetivamente atendidas.