O programa Reforma Casa Brasil, anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tem potencial para adicionar R$ 52,9 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e aumentar a arrecadação de impostos em quase R$ 20 bilhões. Destinado à classe média, o programa prevê R$ 40 bilhões em crédito habitacional voltado para reformas e ampliações de residências, visando atender as famílias que enfrentam problemas estruturais em suas casas.
De acordo com um estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), a liberação desses recursos poderia gerar um impacto significativo na construção civil, com um efeito estimado de R$ 17,7 bilhões sobre o PIB desse setor. Além disso, a demanda gerada pelo programa deve beneficiar indústrias e o comércio, resultando em uma movimentação econômica que poderá gerar mais empregos e renda, contribuindo para a recuperação da economia como um todo.
Entretanto, especialistas alertam que a eficácia do Reforma Casa Brasil depende da forma como os recursos serão operacionalizados. A escassez de mão de obra no setor da construção civil pode representar um obstáculo, exigindo que o governo implemente medidas para qualificar trabalhadores e garantir que os efeitos do programa sejam plenamente realizados. Com 27,6 milhões de domicílios enfrentando inadequações, a iniciativa é vista como uma oportunidade de suprir uma necessidade habitacional crítica no país.