O presidente da Rússia, Vladimir Putin, promulgou uma lei em 27 de outubro de 2025, que retira formalmente seu país do Acordo Sobre a Gestão e Disposição de Plutônio com os Estados Unidos. Este acordo, assinado em 2000, tinha como objetivo evitar o reaproveitamento de plutônio para a fabricação de armas nucleares e foi ratificado em 2011, comprometendo ambos os países a reciclar suas reservas de plutônio.
A decisão de Putin ocorre em um contexto de crescente tensão nas relações com o Ocidente, especialmente após a invasão da Ucrânia. O Kremlin justificou a retirada alegando que as condições do acordo não estavam sendo atendidas pelos EUA e que novas sanções e medidas antirrussas estavam desestabilizando o equilíbrio estratégico. Desde 2016, a Rússia já havia sinalizado sua insatisfação com o tratado, o que culminou na atual formalização da saída.
Com essa ruptura, as perspectivas para o controle de armas nucleares entre as duas maiores potências nucleares do mundo se tornam ainda mais incertas. Além disso, a suspensão do tratado pode desencadear uma nova corrida armamentista e aumentar as preocupações globais sobre a segurança nuclear. A situação se agrava com a recente realização de testes de mísseis por parte da Rússia, evidenciando as fraturas nas negociações de desarmamento.