Desde o início de março, protestos liderados principalmente por jovens da Geração Z têm tomado as ruas do centro de Lima, capital do Peru, contra a reforma da previdência aprovada pelo Congresso e a proposta de anistia. A manifestação mais recente, no domingo (28), resultou em confrontos entre policiais e manifestantes, deixando feridos e danos materiais. O movimento, que começou entre estudantes universitários, agora inclui trabalhadores do setor de transportes e outros grupos sociais.
A reforma previdenciária obriga trabalhadores autônomos a contribuir para o sistema público, limitando o saque antecipado para menores de 40 anos, o que gerou insatisfação especialmente entre os jovens. Além disso, a insegurança pública, com relatos frequentes de extorsão e violência contra motoristas de transporte coletivo, ampliou as reivindicações. Especialistas apontam que o movimento é inspirado por protestos recentes em países asiáticos e reflete uma rejeição crescente à presidente Dina Boluarte e ao Congresso peruano.
As manifestações indicam um clima político tenso no Peru, onde pesquisas mostram alta desaprovação do governo atual. A continuidade dos protestos pode pressionar por mudanças legislativas e políticas, além de impactar a estabilidade social. Autoridades acompanham o desenrolar das mobilizações, que evidenciam o papel crescente da juventude na cena política peruana.