Presidente do STM pede perdão por erros da ditadura em ato em São Paulo

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Maria Elizabeth Rocha, presidente do Supremo Tribunal Militar, pediu desculpas pelos “erros e omissões” do tribunal durante a ditadura militar, em um ato realizado na Catedral da Sé, em São Paulo, na noite de sábado (25/10). Essa cerimônia foi parte das comemorações pelos 50 anos da morte do jornalista Vladimir Herzog, que se tornou um ícone da luta por justiça e democracia no Brasil.

Durante seu discurso, Maria Elizabeth citou diversas personalidades que sofreram perseguições, incluindo o ex-ministro José Dirceu, presente no evento. Ela expressou seu arrependimento pelas injustiças cometidas pela Justiça Militar, enfatizando a necessidade de não permitir o retorno de regimes autoritários. O vice-presidente do STM, Geraldo Alckmin, também discursou, ressaltando a importância de fortalecer a democracia e a liberdade no país.

O evento reacendeu discussões sobre o legado da ditadura e a revisão da Lei da Anistia, que ainda divide opiniões no Brasil. A morte de Vladimir Herzog, ocorrida em 1975, foi marcada por evidências de tortura, o que reforça o clamor por justiça e memória. O pedido de perdão da presidente do STM é um passo importante na busca por reparação histórica e na luta contra a impunidade relacionada aos crimes do passado.

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