A Porsche divulgou um prejuízo operacional de 967 milhões de euros (US$1,1 bilhão) durante o terceiro trimestre de 2025, um resultado que surpreendeu negativamente o mercado. Esse número representa uma queda significativa em relação ao lucro de 974 milhões de euros registrado no mesmo período do ano passado. O desempenho da fabricante foi impactado pelo adiamento de sua expansão em veículos elétricos e pela pressão das tarifas impostas pelos Estados Unidos.
Analistas esperavam um prejuízo menor, em torno de 611 milhões de euros, o que ressalta a gravidade da situação enfrentada pela empresa. O CFO da Porsche, Jochen Breckner, expressou a expectativa de que 2025 seja um ano de transição, preparando o terreno para uma recuperação a partir de 2026. Ele destacou a necessidade de soluções em larga escala nas atuais negociações de reestruturação com representantes trabalhistas.
Em um contexto mais amplo, a Porsche, que enfrenta desafios significativos no setor automotivo europeu, se prepara para mudanças em sua liderança. O presidente-executivo, Oliver Blume, deixará o cargo, sendo sucedido por Michael Leiters, ex-chefe da McLaren, no início de 2026. A nova administração terá o desafio de lidar com a queda na demanda, especialmente na China, e as pressões sobre as margens de lucro devido às condições de mercado adversas.

