A Polícia Civil de Goiás (PCGO) desarticulou, nesta quinta-feira, um esquema fraudulento que envolvia a falsificação de documentos para alegar contaminação por Césio-137, um elemento radioativo. O grupo, que operava na Região Metropolitana de Goiânia, contava com advogados, um médico e um engenheiro entre seus membros. A operação, batizada de ‘Operação Césio 171’, revelou um prejuízo potencial de R$ 79 milhões e um dano já apurado de cerca de R$ 1,7 milhão.
As investigações começaram após a Justiça de Goiás receber um grande número de ações judiciais, onde os autores alegavam doenças graves devido à suposta exposição ao Césio-137. Esses processos eram movidos por cinco advogados em nome de policiais militares e bombeiros aposentados de Goiás e Tocantins. A polícia identificou que o grupo utilizava uma clínica para falsificar exames médicos, o que facilitava a execução das fraudes.
Com a desarticulação do esquema, a PCGO conseguiu prender os principais suspeitos, que responderão por estelionato, associação criminosa e falsidade ideológica. O caso destaca a necessidade de vigilância contínua em relação a fraudes que exploram tragédias passadas, como o acidente de 1987 em Goiânia, que teve repercussões devastadoras para a população local. O desdobramento dessa operação pode levar a novas investigações e à responsabilização de outros envolvidos.