O policial militar da reserva, Jeverson Olmiro Lopes Goulart, foi condenado a 46 anos de prisão por assassinar seu sobrinho, Andrei Ronaldo Goulart Gonçalves, de 12 anos, e simular um suicídio. O crime ocorreu em 2016, mas o caso foi reaberto em 2020 após a mãe da vítima buscar novas provas. O julgamento, que começou na segunda-feira, 27 de outubro, em Porto Alegre, durou mais de 12 horas e foi marcado por declarações emocionantes da mãe da vítima.
Durante o julgamento, a acusação apresentou evidências de que o réu teria cometido abuso sexual contra o sobrinho, disparando um tiro enquanto a criança dormia. Além do homicídio duplamente qualificado, Jeverson foi condenado também por estupro de vulnerável. O tribunal determinou que a pena deve ser cumprida em regime fechado, com início imediato.
O caso, que inicialmente foi tratado como suicídio, levantou questões sobre a investigação policial e a importância do papel da família na busca por justiça. A condenação do réu tem implicações significativas para a segurança pública e a confiança nas instituições, especialmente em relação a casos de violência intrafamiliar. A participação do réu no júri de forma online, enquanto reside no Rio de Janeiro, também gerou debates sobre a adequação dos processos judiciais em casos de grande repercussão.

