O Partido Liberal (PL) decidiu reiniciar a pressão pela votação do Projeto de Lei da Anistia na Câmara dos Deputados, após a dissolução de um acordo anterior com o presidente da Casa, Hugo Motta. A proposta busca garantir anistia a todos os envolvidos nos eventos de 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que se encontra em prisão domiciliar desde agosto. A expectativa é que a votação ocorra nas primeiras semanas de novembro, aumentando a pressão sobre os parlamentares.
Desde a aprovação da urgência do projeto em setembro, o debate sobre a anistia diminuiu entre os líderes partidários, que alegam falta de clima para discutir o assunto. O relator do projeto, deputado Paulinho da Força, sugere a transformação do texto em um “PL da Dosimetria”, focando na revisão das penas, mas integrantes do PL afirmam que não apoiariam essa mudança. A situação se torna ainda mais crítica com a proximidade do prazo para que Bolsonaro apresente embargos ao Supremo Tribunal Federal.
O retorno da pressão do PL pode intensificar a polarização política dentro do Congresso, especialmente em um momento onde a situação de Bolsonaro se agrava. As próximas reuniões de líderes, marcadas para o final de outubro, serão cruciais para definir a estratégia do PL e o futuro do projeto. O cenário político deve se aquecer à medida que a votação se aproxima, refletindo as divisões existentes entre as forças políticas no Brasil.

