A Polícia Federal prendeu em Belo Horizonte (MG), no dia 27 de setembro, um cidadão russo acusado de atuar como agente infiltrado do Serviço de Inteligência Russo (SVR) no Brasil. Ele utilizava uma identidade falsa para se passar por brasileiro e fazia parte de uma rede clandestina conhecida como “illegals program”, que atua há mais de uma década na América Latina. A investigação revelou que essa estrutura opera com disfarces e suporte diplomático para manter suas ações discretas.
Fontes ligadas à apuração informam que a PF compartilha dados com agências internacionais para mapear conexões da rede em países estratégicos como Argentina, Chile e Uruguai. O agente preso teria recebido treinamento específico para viver de forma discreta e acessar informações sensíveis. O caso ocorre em um contexto de intensificação das tensões geopolíticas entre Rússia, Estados Unidos e Europa, especialmente após a invasão russa à Ucrânia em 2022.
As autoridades brasileiras mantêm o caso sob sigilo e avaliam acionar instâncias diplomáticas e de segurança internacional. A expectativa é que a análise de documentos e aparelhos apreendidos leve à identificação de outros membros da rede, ampliando a pressão política e diplomática sobre o Brasil e países vizinhos diante da crescente influência russa na região.