A Polícia Federal abriu investigação para apurar ameaças feitas nas redes sociais contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino e o delegado Fábio Shor, responsável pelo inquérito que culminou na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As ameaças, que incluem expressões como “guilhotina”, “bala” e “explodir” a casa dos alvos, foram registradas em plataformas como Instagram, TikTok, X e YouTube. O ministro Dino solicitou formalmente a apuração após votar pela condenação em 9 de setembro.
Os crimes sob investigação abrangem ameaça, coação no curso do processo, incitação ao crime, além de crimes contra o Estado e a ordem pública. A Polícia Federal notificará as plataformas digitais para identificar os responsáveis pelas publicações. A delegada Verônica Snoeck Salles consultou o ministro Alexandre de Moraes sobre a possibilidade de integrar essa apuração ao inquérito das milícias digitais, que ele conduz. Segundo a delegada, as ameaças configuram uma ação coordenada com potencial intimidatório que compromete o exercício regular das funções públicas.
A investigação visa garantir a segurança e a integridade dos agentes públicos envolvidos em processos judiciais sensíveis, além de fortalecer os mecanismos de proteção contra ataques virtuais. O desdobramento do caso poderá influenciar o combate a grupos que promovem violência política e ameaças nas redes sociais no Brasil.