A Polícia Federal reuniu fortes evidências de que investigados da Operação Tank, realizada em 28 de agosto no Paraná, foram avisados antecipadamente sobre a ofensiva contra o sistema financeiro do Primeiro Comando da Capital (PCC). O relatório parcial da Superintendência do Paraná, concluído em 26 de setembro, aponta trocas de mensagens interceptadas e movimentações suspeitas que indicam retirada prévia de provas.
Entre os suspeitos, destacam-se operadores financeiros que utilizavam empresas de fachada para lavagem de dinheiro e fraude fiscal. Doze pessoas foram indiciadas por lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta e obstrução à investigação; oito permanecem foragidas e constam na lista vermelha da Interpol. A PF também investiga possível vazamento interno na Receita Federal, que teria comprometido a operação.
A suspeita de vazamento expõe vulnerabilidades nas ações contra organizações criminosas e pode gerar desdobramentos em inquéritos paralelos. A Operação Tank ocorreu simultaneamente à Operação Carbono, coordenada pelo Ministério Público de São Paulo, reforçando o esforço conjunto no combate ao braço financeiro do PCC.