Empresas petrolíferas dos Estados Unidos estão eliminando milhares de empregos em 2025, em resposta à queda do preço do barril, ao aumento das tarifas sobre insumos e a uma série de fusões no setor. Segundo dados do Bureau of Labor Statistics, o setor já perdeu cerca de 4 mil vagas até agosto, enquanto o preço do petróleo bruto americano caiu 13% neste ano, pressionado pela oferta crescente da OPEP+. O barril do West Texas Intermediate (WTI) chegou a ser negociado abaixo de US$ 63, valor que dificulta a rentabilidade da extração em campos de xisto no Texas.
As três maiores petrolíferas do país — Exxon Mobil, Chevron e ConocoPhillips — anunciaram planos para cortar até 25% do quadro de funcionários até 2026, após aquisições bilionárias que consolidaram o mercado. A Exxon planeja eliminar 2 mil vagas, enquanto a Chevron e a Conoco pretendem reduzir seus quadros em até 20% e 25%, respectivamente. No setor energético como um todo, as demissões aumentaram cerca de 30% em relação ao ano anterior, e as contratações praticamente cessaram, com previsão de apenas mil novas vagas para 2025.
Executivos do setor criticam a política governamental que pressiona os preços para níveis considerados inviáveis, além do impacto das tarifas sobre materiais essenciais como o aço. Eles alertam para a perda de profissionais qualificados e o enfraquecimento da cultura inovadora que impulsionou a revolução do xisto nos EUA. Por sua vez, representantes do governo afirmam que as medidas adotadas visam desburocratizar o processo produtivo e garantir recordes históricos na produção nacional, apesar dos desafios enfrentados pelo setor.