A Petrobras (PETR4) enfrenta pressões que já impactaram a distribuição de dividendos em 2025 e podem modificar os pagamentos futuros. A queda de aproximadamente 12% no preço do barril de petróleo, causada pelo aumento da oferta da Opep+, reduziu as receitas da estatal. Paralelamente, a empresa elevou seus investimentos (capex) para US$ 8,4 bilhões no primeiro semestre, diminuindo o fluxo de caixa disponível para acionistas.
Além disso, o cenário político brasileiro influencia as expectativas para os dividendos. Embora as eleições presidenciais de 2026 ainda estejam distantes, analistas indicam que a continuidade do atual governo deve manter investimentos robustos, limitando os dividendos. Já uma mudança na presidência pode resultar em corte de despesas e maior distribuição aos acionistas. Para o segundo semestre de 2025, a expectativa é de pagamento de cerca de R$ 1,56 por ação em proventos, com dividend yield estimado em 4,91% no período.
Apesar da redução nos dividendos em relação a 2024, quando o yield foi de 20%, a Petrobras mantém um valuation atrativo e um retorno aos acionistas superior à média da bolsa brasileira. Especialistas recomendam a estatal para investidores com perfil de longo prazo e tolerância à volatilidade, considerando o potencial de valorização das ações e fluxo consistente de dividendos mesmo em cenário desafiador.