María Branyas, confirmada pelo Guinness World Records como a pessoa viva mais velha do mundo aos 117 anos, faleceu em 19 de agosto de 2024. Antes de sua morte, cientistas do Instituto Josep Carreras, em Barcelona, Espanha, realizaram um estudo detalhado para identificar os fatores biológicos e ambientais que contribuíram para sua longevidade recorde.
A pesquisa liderada pelo Dr. Manel Esteller analisou o genoma, epigenoma, transcriptoma, proteoma e metabolismo de Branyas por meio de métodos não invasivos. Os resultados indicaram que ela possuía variantes genéticas associadas à neuroproteção e cardioproteção, além de um microbioma intestinal rico em bactérias benéficas como o Bifidobacterium, relacionado ao consumo frequente de iogurte. Sua dieta equilibrada, ausência de tabagismo e álcool, e um perfil lipídico saudável também foram destacados como fatores importantes.
Os cientistas concluíram que a combinação de genética favorável, hábitos saudáveis e um ambiente social positivo contribuiu para seu envelhecimento saudável e excepcional. O estudo abre caminho para futuras pesquisas sobre o envelhecimento e o desenvolvimento de tratamentos que possam prolongar a vida com qualidade. Contudo, os pesquisadores ressaltam a necessidade de cautela ao extrapolar os resultados de um único caso devido à complexidade individual do processo de envelhecimento.