Pentágono critica representação de crise nuclear em ‘A Casa de Dinamite’

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

O filme ‘A Casa de Dinamite’, da Netflix, gerou uma resposta crítica do Pentágono, que destacou que a história apresentada diverge da realidade sobre a resposta dos EUA a uma crise nuclear. Em um comunicado interno datado de 16 de outubro, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos refutou a representação de um sistema de detecção de mísseis com apenas 50% de eficácia, afirmando que a tecnologia atual oferece 100% de precisão há mais de uma década.

Dirigido por Kathryn Bigelow e escrito por Noah Oppenheim, o longa apresenta um cenário fictício em que um míssil nuclear ameaça Chicago, gerando uma corrida contra o tempo para evitar uma tragédia. Apesar de não ter ligações diretas com as forças armadas, o filme contou com conselheiros que já trabalharam no Pentágono. Oppenheim, em defesa da produção, afirmou ter consultado especialistas para garantir a precisão dos processos descritos na obra.

A crítica do Pentágono ressalta a importância de retratar com exatidão questões de segurança nacional, especialmente em tempos de crescente tensão global. A resposta governamental sugere que a representação de crises em produções cinematográficas pode ter implicações na percepção pública sobre a eficácia das defesas do país. Essa controvérsia pode provocar um debate mais amplo sobre a responsabilidade dos cineastas ao abordar temas sensíveis como a segurança e a tecnologia militar.

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