A pecuária bovina no Brasil, tradicionalmente extensiva, enfrenta desafios ambientais e produtivos significativos, como desmatamento, degradação do solo e emissões de gases de efeito estufa. Pesquisadores da USP e da UTFPR defendem a adoção da pecuária regenerativa, que utiliza sistemas biodiversos de pastagens compostas por gramíneas e leguminosas, capazes de aumentar a produtividade em até 30% e melhorar a saúde do solo.
Esse modelo inovador considera não apenas a conservação ambiental, mas também o respeito às comunidades rurais e seus modos de vida. A Embrapa desenvolveu o Sistema Guaxupé, que exemplifica essa abordagem ao promover pastagens mais produtivas e resilientes. Além disso, o uso de leguminosas como o amendoim forrageiro contribui para a fixação natural de nitrogênio, reduzindo a necessidade de fertilizantes artificiais e o consumo energético associado.
A adoção da pecuária regenerativa pode transformar o setor, diminuindo sua pegada de carbono e promovendo maior sustentabilidade econômica e ambiental. Essa mudança é vista como essencial para enfrentar os desafios climáticos e sociais atuais, além de preservar biomas importantes como a Amazônia, Cerrado e Pantanal, ameaçados pela expansão pecuária convencional.