Em um dia marcado por grandes oscilações nos mercados financeiros, o ouro registrou nesta terça-feira a maior queda em 12 anos, com um recuo de 6,3%, atingindo o preço de US$ 4.082,03 a onça. A prata também sofreu uma queda acentuada de 8,7%, alcançando US$ 47,89 a onça. Essa liquidação foi motivada por um período de realização de lucros após um rali que levou os metais preciosos a níveis recordes históricos nas semanas anteriores.
A pressão sobre os preços dos metais preciosos é atribuída a uma combinação de fatores, incluindo a valorização do dólar e um enfraquecimento na demanda por proteção. Além disso, a expectativa de negociações comerciais entre os EUA e a China contribuiu para essa dinâmica, com a incerteza sobre o futuro do mercado sendo ampliada pela paralisação do governo americano. Traders demonstram preocupação com a possibilidade de correções, o que pode expor a fragilidade do mercado neste momento.
Analistas destacam que a ausência de dados de posicionamento de mercados pode resultar em movimentos especulativos excessivos, aumentando a vulnerabilidade dos preços. Com mais de 2 milhões de contratos de opções relacionados ao ETF de ouro sendo negociados recentemente, a volatilidade no setor parece estar em ascensão. As expectativas para o futuro indicam que, caso a economia dos EUA apresente resultados melhores que o esperado, uma correção acentuada nos preços do ouro pode ser iminente.