Diego Cavalcante, apontado pela Polícia Federal como operador financeiro do lobista Andreson Gonçalves, solicitou ao ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal, a remoção de sua tornozeleira eletrônica. Essa medida cautelar foi imposta como condição para a sua soltura, ocorrida em julho, após dois meses e meio de prisão preventiva. Cavalcante enfrentou acusações de obstrução de uma investigação que envolve diversos empresários e advogados, além de servidores do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A solicitação de retirada do dispositivo foi feita pelo advogado de Cavalcante, que argumenta que o monitoramento é desnecessário após a libertação do cliente. No entanto, a Procuradoria-Geral da República se manifestou contrariamente a esse pedido, enfatizando a necessidade de preservar a integridade da investigação em curso. O caso levanta preocupações sobre a influência de lobistas no sistema judiciário e as potenciais consequências legais para os envolvidos.
As implicações deste pedido podem ser significativas, uma vez que a decisão de Zanin poderá impactar a percepção pública sobre a eficácia das medidas de monitoramento em casos de corrupção. A discussão em torno do pedido de Cavalcante também destaca a complexidade do relacionamento entre operadores financeiros e o sistema judiciário. A decisão final pode influenciar futuros casos relacionados a investigações semelhantes, refletindo a luta contínua contra a corrupção no Brasil.

