Uma denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) expõe uma série de métodos de tortura empregados pelo Comando Vermelho, especialmente na Gardênia Azul. O relatório identifica Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, conhecido como ‘BMW’, como um dos líderes que coordenam execuções e punições na facção. Ele é descrito como um ator central nos chamados ‘tribunais do tráfico’, onde decisões sobre vidas são tomadas de forma arbitrária.
O documento revela detalhes chocantes das torturas, que incluem imagens de punições severas aplicadas tanto a membros da facção quanto a moradores. Além das punições físicas, o relatório menciona a participação de outros indivíduos, como Fagner Campos Marinho, conhecido como ‘Bafo’, que também teria cometido atos de violência extrema. Essas práticas visam manter o controle e o medo na comunidade, consolidando o poder do grupo criminoso.
A operação desencadeada em resposta a essas denúncias busca desmantelar as atividades do Comando Vermelho e responsabilizar seus líderes. As implicações são profundas, pois expõem a brutalidade do tráfico de drogas no Rio de Janeiro e levantam questões sobre a segurança pública e a eficácia das ações policiais. A revelação dessas torturas não apenas destaca a complexidade do crime organizado, mas também a necessidade urgente de uma resposta mais robusta e eficaz por parte das autoridades.