Operação Capgras investiga desvio de pensões na UFRJ e ligações com facção

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Na manhã de 30 de outubro, a Polícia Federal lançou a Operação Capgras no Rio de Janeiro, com o objetivo de desmantelar um esquema que desviava pensões de professores falecidos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O grupo criminoso é acusado de movimentar aproximadamente R$ 22 milhões em fraudes e lavagem de dinheiro ao longo de três anos, utilizando documentos falsos para criar beneficiários inexistentes.

As investigações começaram após a denúncia de um pensionista que descobriu irregularidades em sua pensão, levando a UFRJ a auditar outros casos e encontrar mais fraudes. A operação resultou em mandados de prisão e busca em várias localidades, incluindo Mogi das Cruzes, onde um escritório com materiais utilizados na fraude foi encontrado. O esquema também apresenta ligações com uma facção criminosa, que teria recebido parte dos valores desviados.

Os suspeitos enfrentam acusações sérias, incluindo falsificação de documentos e lavagem de dinheiro, e a operação destaca a crescente preocupação com fraudes envolvendo benefícios públicos. A PF continua a investigar outras possíveis vítimas e a extensão do esquema, que representa um prejuízo significativo não apenas à UFRJ, mas também a outros órgãos públicos afetados. A escolha do nome da operação, Capgras, faz referência a uma síndrome psiquiátrica, simbolizando a criação de herdeiros fictícios para apropriação indevida de pensões.

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