O regulador de televisão e rádio do Reino Unido, Ofcom, está enfrentando críticas por permitir que a emissora GB News e outras ignorem as regras de precisão em suas transmissões sobre mudanças climáticas. Desde 2020, Ofcom recebeu 1.221 reclamações relacionadas ao tema, mas não encontrou nenhuma violação das normas de transmissão. Exemplos de desinformação incluem a caracterização do aquecimento global como “a farsa climática” e a alegação de que o governo implementaria “veganismo forçado”.
As críticas foram levantadas por ativistas climáticos que argumentam que a permissividade do regulador em relação a essas emissoras pode contribuir para a disseminação de desinformação sobre a crise climática. Apesar do número significativo de reclamações, Ofcom não tomou medidas efetivas, resultando apenas em duas violações reconhecidas desde 2007. A situação gera um debate acalorado sobre a responsabilidade das emissoras e o papel dos reguladores na promoção de informações precisas e baseadas em evidências.
As implicações desse cenário são profundas, pois a desinformação pode minar os esforços para enfrentar a crise climática e influenciar a opinião pública de maneira negativa. O aumento das reclamações e a inação do regulador levantam questões sobre a eficácia das políticas de mídia e a necessidade de uma supervisão mais rigorosa. A repercussão das ações do Ofcom poderá impactar a confiança do público nas emissoras e na informação sobre mudanças climáticas.