Mulheres negras no Brasil enfrentam altas taxas de obesidade e desnutrição

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 1 min.

Um estudo publicado na revista Food Security revela que mulheres negras no Brasil são as mais afetadas por obesidade e desnutrição, evidenciando a desigualdade na insegurança alimentar. Realizada por pesquisadores das universidades federais da Paraíba e do Rio Grande do Norte, além da Universidade de São Paulo, a pesquisa aponta que essas mulheres têm 42% mais chances de serem obesas em comparação a homens brancos em situação de alimentação regular.

Os dados foram coletados a partir de aproximadamente 46 mil brasileiros que participaram do Inquérito Nacional de Alimentação. O estudo utilizou a lente da interseccionalidade para entender como raça, gênero e condição socioeconômica interagem, amplificando desigualdades alimentares. Os pesquisadores ressaltam a necessidade de políticas públicas que priorizem mulheres negras em insegurança alimentar e integrem ações contra a fome e obesidade.

Além de abordar a importância de políticas direcionadas, o grupo de pesquisa planeja investigar futuras linhas de estudo, como a insegurança alimentar entre pessoas trans. Os autores destacam que é essencial que as informações geradas ajudem o poder público a desenvolver estratégias mais eficazes, visando reduzir as desigualdades sociais e promover a saúde de forma equitativa.

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