Luiz Fux, ministro do Supremo Tribunal Federal, pediu oficialmente sua transferência da Primeira Turma para a Segunda Turma. O anúncio foi feito durante uma sessão que condenou réus envolvidos nos ataques de 8 de Janeiro, surpreendendo muitos no tribunal e reacendendo o debate sobre o equilíbrio ideológico da Corte.
A mudança de Fux, que justifica a decisão como um gesto de cortesia, revela um contexto mais profundo de isolamento e divergências com colegas na Primeira Turma. Com a possível indicação de Jorge Messias para preencher a vaga deixada por Barroso, a Primeira Turma pode se tornar ainda mais alinhada ao governo atual, enquanto a Segunda Turma poderá consolidar uma postura mais crítica em relação às investigações em curso.
Esse movimento pode levar a uma fragmentação do STF em blocos ideológicos, refletindo as tensões políticas entre as alas pro e contra o governo. A nova configuração do tribunal pode resultar em decisões mais polarizadas, dificultando o consenso e aprofundando a divisão interna entre os ministros, que já era visível nas últimas votações.


