Motta defende que LDO só deve ser votada após solução fiscal

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

O presidente da Câmara, Hugo Motta, declarou que a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2026 só ocorrerá após a resolução do problema fiscal do país. Ele fez essa afirmação em 21 de outubro de 2025, ao deixar a Casa, ressaltando a necessidade de evitar a alteração da meta orçamentária. Essa posição surge em um contexto de incertezas fiscais, especialmente após a caducidade de uma medida provisória que previa aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF).

O Ministério da Fazenda está atualmente finalizando propostas alternativas para enfrentar o déficit fiscal, que incluem ajustes nas regras de PIS/Cofins e no seguro-defesa. A proposta original, que visava aumentar o IOF, foi retirada da pauta em um movimento que reflete a dificuldade do governo em conseguir apoio no Congresso. Governistas acreditam que as mudanças nas compensações tributárias são a abordagem menos controversa para reequilibrar as contas públicas.

Com a votação da LDO em xeque, não há uma data definida para sua apreciação, o que pode atrasar a definição do orçamento de 2026. A pressão por uma solução fiscal mais efetiva se intensifica, já que a falta de medidas concretas pode impactar a confiança dos investidores e o planejamento econômico do país. As próximas semanas serão cruciais para determinar a trajetória fiscal e orçamentária do Brasil.

Compartilhe esta notícia