Motoboys que atuam na Rua 25 de Março, no centro de São Paulo, relatam que policiais militares em horário de folga cobram entre R$ 30 e R$ 150 para realizar escoltas armadas durante a entrega de produtos. Essa prática, considerada ilegal, ocorre em meio à crescente insegurança na área, onde muitos itens comercializados não têm nota fiscal e estão associados a atividades ilícitas.
Embora o regimento da polícia proíba tais atividades, a escolta clandestina é frequentemente tolerada e só é investigada quando ganha notoriedade na mídia. Os motoboys afirmam que, após assaltos, chegam a contatar líderes de organizações criminosas para relatar os incidentes, dado que a subnotificação é comum devido à natureza irregular dos produtos transportados.
As autoridades, por sua vez, afirmam estar intensificando as operações na região central de São Paulo para combater o crime organizado. A Secretaria da Segurança Pública menciona a criação de novas bases comunitárias e um aumento no efetivo policial, mas os desafios relacionados ao controle do crime e à segurança dos motoboys permanecem significativos.