Mortes em operação no Rio geram repúdio e pedidos de investigação

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Organizações de direitos humanos manifestaram repúdio em relação às 119 mortes registradas durante uma operação policial nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, ocorrida na última terça-feira. Entre os mortos estão quatro policiais, e a ação é considerada a mais letal da história do estado. A carta pública, assinada por 28 instituições, destaca que a violência não deve ser utilizada como política pública e clama por uma investigação independente sobre os eventos.

O documento enfatiza que a gestão atual do governador Cláudio Castro tem sido marcada por um elevado número de operações letais, sem que haja uma redução efetiva do poder das facções criminosas. As organizações argumentam que tais operações aprofundam a insegurança, prejudicando a vida cotidiana dos moradores e ameaçando a integridade das famílias. A crescente insatisfação culminou em protestos nas ruas e apelos por apuração por parte de políticos e instituições civis.

Na esteira dessas manifestações, a deputada estadual Renata Souza anunciou ações que incluem solicitações ao Ministério Público do Estado e denúncias à Comissão Interamericana de Direitos Humanos. O Alto Comissariado para os Direitos Humanos da ONU também se manifestou, questionando a eficácia das operações policiais e seu impacto desproporcional nas comunidades. O cenário revela uma crise de segurança pública que vai além das estatísticas, afetando a saúde mental e física das populações mais vulneráveis.

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