O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, negou um pedido do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro, que se encontra em prisão domiciliar em Brasília desde agosto. O pedido foi recusado devido à conexão entre a investigação que envolve Gayer e as ações que estão sendo conduzidas contra Bolsonaro, o que contraria uma decisão anterior do STF que proíbe a comunicação entre investigados em casos correlacionados.
Na decisão, Moraes reafirmou a importância de manter a integridade das investigações, evitando qualquer tipo de interação que possa comprometer o processo judicial. Apesar da negativa ao pedido de Gayer, o ministro permitiu que outros deputados, como Altineu Côrtes (PL-RJ) e Alberto Fraga (PL-DF), além de personalidades como o ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet e o jornalista Alexandre Paulovich Pitolli, possam visitar o ex-presidente em sua residência.
Essa situação levanta questões sobre as regras de comunicação entre réus e investigados, especialmente em casos de alto perfil como o de Bolsonaro. A decisão de Moraes pode influenciar futuras deliberações sobre a condução de investigações e a interação entre figuras políticas envolvidas em processos judiciais, refletindo as tensões existentes no cenário político brasileiro.

