O mestre Damasceno, um ícone da cultura marajoara, faleceu recentemente, deixando um profundo impacto na comunidade quilombola de Salvá, na Ilha de Marajó, no Pará. Com mais de cinquenta anos de carreira, sua voz era um símbolo de resistência e de celebração da ancestralidade local. O falecimento do artista, ocorrido em 20 de outubro de 2025, marca um momento de luto e reflexão para todos que valorizam a rica cultura da região.
Damasceno dedicou sua vida a promover e preservar as tradições marajoaras, sendo uma referência em suas performances e ensinamentos. Sua influência ultrapassou as fronteiras de Salvaterra, alcançando admiradores em todo o Brasil. O reconhecimento de seu trabalho ressalta a importância de valorização das culturas periféricas e das comunidades quilombolas, frequentemente invisibilizadas na sociedade contemporânea.
O desdobramento dessa perda é significativo, pois provoca um chamado à ação para a preservação das tradições e da cultura quilombola. A memória de mestre Damasceno deve servir como um impulso para iniciativas que busquem fortalecer a identidade cultural e garantir que as vozes dos quilombolas continuem a ecoar. A luta pela valorização da cultura marajoara permanece mais relevante do que nunca, especialmente em tempos de crescente globalização e homogenização cultural.