Megaoperação no Rio gera apoio e críticas nas redes sociais

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Uma megaoperação policial nos complexos da Penha, no Rio de Janeiro, resultou em 121 mortes e gerou forte repercussão nas redes sociais. De um levantamento feito entre 28 e 29 de outubro pela Timelens, 62% das menções foram favoráveis à operação, enquanto 32% a caracterizaram como “chacina”, evidenciando a polarização da opinião pública sobre questões de segurança. O estudo abrangeu diversas plataformas, incluindo X, YouTube e Facebook.

Os dados revelam um domínio da direita no engajamento online, com postagens defendendo a ação como uma “faxina histórica” e elogiando os policiais envolvidos. Por outro lado, os críticos destacam o alto número de mortes e alegações de abusos, acusando o governo estadual de responsabilidade pela violência desproporcional. Os usuários contrários à operação argumentam que o objetivo seria o extermínio da população periférica, ressaltando a necessidade de um debate mais amplo sobre desigualdade e segurança pública no país.

O resultado da operação e a reação nas redes sociais levantam questões sobre a eficácia das políticas de segurança no Brasil. Com a direita gerando cinco vezes mais engajamento que a esquerda, a divisão de opiniões sugere que o debate sobre segurança pública e direitos humanos permanecerá acirrado. A situação exige uma reflexão crítica sobre como as políticas de segurança são implementadas e suas consequências nas comunidades afetadas.

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