Uma operação policial realizada nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, resultou em 121 mortes, sendo 115 suspeitos de tráfico e quatro policiais, conforme informações do Instituto Médico-Legal (IML). A instituição revelou que mais da metade dos corpos já passou por necrópsia e parte deles foi liberada para as famílias. O atendimento aos parentes está sendo feito em um posto do Detran para facilitar o acesso às informações sobre os desaparecidos.
O IML implementou um esquema especial para acelerar a identificação dos corpos, que continua em andamento. A operação, considerada a mais letal da história do Brasil, foi conduzida pelas polícias Civil e Militar, visando desmantelar o Comando Vermelho. Até o momento, 113 suspeitos foram presos e 10 adolescentes apreendidos, além da apreensão de 118 armas, incluindo 91 fuzis.
As autoridades ainda não confirmaram o total de vítimas identificadas, e o número pode ser maior, já que os registros são feitos conforme os corpos chegam ao IML. A operação gerou um intenso debate sobre a eficácia das intervenções policiais nas comunidades e suas consequências para a população civil, refletindo a complexa relação entre segurança pública e direitos humanos no Brasil.