A médica Thaísa Hoffmann Jonasson foi a primeira a depor na CPI nesta quinta-feira, 23, em Brasília. Durante sua apresentação, ela optou por permanecer em silêncio, invocando um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal. Ao justificar sua recusa em responder perguntas, afirmou que o ambiente da comissão era hostil, o que gerou tensão entre os membros presentes.
Thaísa é casada com o ex-procurador-chefe do INSS, que também estava previsto para depor no mesmo dia. As investigações da operação Sem Desconto indicam que sua empresa, Curitiba Consultoria, recebeu cerca de R$ 11 milhões de entidades envolvidas em um esquema que realizava descontos ilegais em aposentadorias. Em um momento raro de manifestação, ela defendeu seu trabalho, afirmando ter documentação que comprova suas atividades profissionais.
A sessão da CPI foi marcada por momentos de tensão, incluindo um desentendimento entre um deputado e a advogada de Thaísa. O parlamentar fez insinuações sobre a advocacia da profissional, o que levou a advogada a solicitar proteção ao presidente da comissão. O clima hostil destaca a complexidade das investigações e as tensões que permeiam o processo.

