A líder opositora venezuelana María Corina Machado propôs uma intervenção militar dos Estados Unidos, argumentando que o país já está sob invasão de grupos armados. Essa afirmação foi discutida pelo professor Ricardo Salvador de Toma em um contexto de crescente tensão política na Venezuela. A declaração de Machado ocorre após um processo eleitoral contestado, onde seus direitos políticos foram limitados.
Machado fundamenta sua posição citando a presença de diversos grupos armados, como dissidentes das FARC e o Exército de Liberação Nacional (ELN), além de organizações criminosas como o Trem de Aragua. A atuação de agentes cubanos também é mencionada, levantando preocupações sobre a soberania nacional. Essa postura, no entanto, provoca divisões entre os opositores, com uma ala mais moderada defendendo soluções políticas em vez de ações militares.
O dilema da oposição se torna mais complexo em um cenário onde o apelo aos direitos humanos colide com a defesa do uso da força militar. A posição de Machado, fortalecida pela recente cassação de seus direitos políticos, levanta questionamentos sobre sua aceitação popular e as possíveis implicações para o futuro político da Venezuela. Assim, a proposta de intervenção militar se insere em um debate mais amplo sobre a estratégia da oposição e seus impactos no país.

