A maior usina termelétrica a carvão de Queensland, situada em Gladstone, poderá encerrar suas operações em março de 2029, antecipando em seis anos o prazo inicialmente previsto. A informação foi divulgada pelo co-proprietário da planta, que é considerada uma das menos confiáveis no mercado nacional de eletricidade da Austrália. A usina é fundamental para o abastecimento energético de indústrias pesadas locais, incluindo a refinaria de alumínio da Rio Tinto, além de instalações de alumina, gás natural liquefeito (GNL) e cimento na região.
O governo liderado por Crisafulli tem adotado uma postura contrária à administração anterior do Partido Trabalhista de Queensland, que planejava eliminar a dependência do carvão até 2035. A reversão dessa política busca prolongar a operação das usinas a carvão, reconhecendo sua importância para a economia regional. No entanto, o anúncio do fechamento antecipado da usina de Gladstone sinaliza uma possível mudança no equilíbrio entre demandas econômicas e ambientais.
Essa decisão pode provocar impactos significativos na matriz energética local e na indústria pesada que depende dessa fonte. Além disso, evidencia os desafios enfrentados pela Austrália na transição para fontes de energia mais sustentáveis, com repercussões políticas e econômicas que podem influenciar futuras políticas públicas e investimentos no setor energético.