O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu à Suprema Corte do país a revogação da nacionalidade do líder opositor Leopoldo López, alegando que ele promoveu uma invasão militar dos Estados Unidos. O pedido, feito em 25 de outubro, é inédito, visto que a Constituição da Venezuela proíbe a privação da nacionalidade de cidadãos natos, o que gera preocupações sobre as implicações legais e políticas dessa ação.
Em declarações feitas por meio de seu chanceler, Yván Gil, Maduro justificou o pedido citando um suposto envolvimento de López em atividades que ameaçariam a soberania nacional. A acusação é parte de um contexto mais amplo de tensão entre o governo venezuelano e a oposição, que já havia sido acusada anteriormente de tentar desestabilizar o regime. Especialistas jurídicos locais afirmam que a legislação vigente não permite tal medida contra cidadãos natos, destacando a fragilidade do Estado de direito na Venezuela.
Este movimento de Maduro pode intensificar as hostilidades políticas no país e suscitar novas críticas internacionais sobre os direitos humanos e a liberdade de expressão na Venezuela. A situação reitera a necessidade de uma análise cuidadosa sobre a dinâmica política no país e os possíveis desdobramentos no cenário regional, especialmente considerando os paralelos com a Nicarágua, onde opositores também enfrentaram a perda de nacionalidade.

