Na última sexta-feira, 24 de outubro, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fez uma contundente declaração em rede nacional, acusando os Estados Unidos de inventar uma guerra contra seu país. A afirmação surgiu após o governo norte-americano reforçar sua presença militar no Mar do Caribe, enviando o porta-aviões USS Gerald R. Ford, em resposta a ameaças do presidente Donald Trump sobre operações na região.
Maduro classificou as ações militares dos EUA como uma tentativa de desestabilização, alegando que os americanos criam um pretexto para intervenções militares. Ele também defendeu a posição do governo venezuelano de que o país está livre da produção de cocaína e criticou a narrativa que envolve a luta contra o narcotráfico, que, segundo ele, não reflete a realidade do território venezuelano. O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, corroborou essa visão, destacando a presença militar como uma ameaça à América Latina.
As declarações de Maduro ocorrem em um contexto de crescente tensão entre Venezuela e Estados Unidos, especialmente após o aumento das operações militares norte-americanas na região. Com a recente movimentação de tropas e equipamentos, as relações bilaterais se deterioram ainda mais, enquanto ambos os países trocam acusações sobre envolvimentos no narcotráfico. A situação permanece delicada e poderá gerar desdobramentos significativos no cenário geopolítico da América Latina.

