O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, assinou um decreto que autoriza a declaração de estado de exceção caso o país seja atacado pelos Estados Unidos. A informação foi divulgada pela vice-presidente Delcy Rodríguez, que explicou que a medida busca proteger a integridade territorial, soberania e interesses estratégicos venezuelanos diante de ameaças externas. O decreto, previsto na legislação venezuelana sobre estados de exceção, permite a restrição temporária de direitos constitucionais.
Maduro anunciou o início de consultas populares para definir o alcance do decreto e ressaltou que a Venezuela não aceitará ser subjugada por qualquer potência estrangeira. A tensão entre Caracas e Washington aumentou após os EUA destacarem navios de guerra e um submarino nuclear no Caribe, alegando combate ao tráfico de drogas. O governo venezuelano denunciou essas ações na Organização das Nações Unidas (ONU) e convocou a população a se alistar nas reservas militares, além de ordenar exercícios e simulações nas forças armadas.
A iniciativa reforça o discurso do governo chavista contra o que chama de agressão imperialista, alertando para impactos que uma eventual intervenção militar poderia causar não só na Venezuela, mas em toda a região. Maduro defendeu a união dos países sul-americanos para enfrentar qualquer ameaça externa, evocando o legado histórico de Simón Bolívar e reafirmando a busca por um equilíbrio internacional justo.