O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez sua primeira declaração após uma operação policial no Rio de Janeiro que resultou em 121 mortes, incluindo quatro policiais. Lula afirmou que ‘o crime organizado não pode continuar destruindo famílias’ e reiterou seu apoio à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança, que busca dar mais poder à União na formulação de políticas de segurança pública.
Em sua fala, o presidente também descartou a adoção do decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que transferiria o controle da segurança pública para o governo federal, uma decisão que poderia impactar negativamente sua popularidade a um ano das eleições. Lula ressaltou a importância de um trabalho coordenado entre a União e o Estado para combater as facções criminosas sem colocar em risco a vida de inocentes.
A PEC da Segurança, que está em tramitação na Câmara dos Deputados, é considerada a principal aposta do governo para enfrentar os desafios da segurança pública. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e o governador do Rio, Cláudio Castro, anunciaram o Escritório de Combate ao Crime Organizado, buscando eliminar barreiras entre os níveis federal e estadual de governo. A articulação visa acelerar a votação da PEC e fortalecer a cooperação na luta contra a criminalidade.

