Diplomatas brasileiros avaliam que há boas chances de um encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante a cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), marcada para começar em 26 de outubro na Malásia. Lula participará do evento como convidado especial, enquanto a presença de Trump ainda não foi confirmada oficialmente, mas é esperada por fontes diplomáticas.
O diálogo entre os dois líderes vem sendo construído por meio de gestos e ações diplomáticas recentes. Na última terça-feira, o vice-presidente brasileiro Geraldo Alckmin conversou por telefone com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, reforçando que o Brasil prefere o diálogo para resolver questões relacionadas às tarifas impostas pelos Estados Unidos. Paralelamente, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu adiar por 30 dias a entrega do relatório que analisa a aplicação da lei da reciprocidade contra os EUA.
Se confirmado, o encontro entre Lula e Trump durante a cúpula poderá facilitar negociações mais produtivas e reduzir tensões comerciais entre os dois países. A expectativa é que essa aproximação diplomática contribua para um ambiente mais favorável ao diálogo e à cooperação bilateral nos próximos meses.