Durante um Fórum Empresarial em Jacarta, na Indonésia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância de substituir o dólar em transações internacionais. Essa declaração ocorreu em 23 de outubro, a poucos dias de uma reunião bilateral com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que deve acontecer em Kuala Lumpur, na Malásia, no dia 26. Apesar de sua intenção, Lula está ciente de que essa posição pode irritar o líder americano e afetar as negociações futuras.
A defesa pela utilização de moedas locais tem sido uma constante desde o início do governo Lula, mas agora ganha um significado especial diante da iminente reunião com Trump. A equipe palaciana considera que, embora a proposta possa gerar tensões, é fundamental que o presidente mantenha sua autonomia na política externa. Lula acredita que não deve abrir mão de suas prerrogativas presidenciais para agradar a Trump, mesmo diante dos riscos envolvidos.
Além disso, o presidente brasileiro também expressou críticas à pressão do governo americano para que o Brasil anistie o ex-presidente Jair Bolsonaro. A postura de Lula reflete uma estratégia que busca equilibrar as relações comerciais e diplomáticas, mesmo diante de possíveis represálias. A abordagem do governo brasileiro sobre a Venezuela e a resistência a intervenções estrangeiras também ilustram a determinação de Lula em seguir sua linha política, independentemente das consequências.

