O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante sua visita à Malásia no último sábado, expressou que a ONU e outras instituições multilaterais não estão mais funcionando em sua missão de proteger as vítimas de conflitos, como o da Faixa de Gaza. As declarações foram feitas após um encontro com o primeiro-ministro malaio, Anwar Ibrahim, na véspera da cúpula da ASEAN, onde Lula espera dialogar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Lula questionou a indiferença internacional diante do sofrimento das pessoas na Faixa de Gaza, mencionando a fome como uma forma de tortura. Ele criticou a falta de ação do Conselho de Segurança da ONU, afirmando que as instituições criadas para prevenir esses horrores perderam sua eficácia. Essa crítica surge em um contexto de crescente tensão entre o Brasil e os Estados Unidos, especialmente em relação a tarifas comerciais impostas ao Brasil.
O presidente brasileiro ainda fez referências implícitas a Trump, ressaltando que governar é fazer escolhas e que cuidar dos mais humildes é uma missão essencial. A relação entre os líderes, marcada por desentendimentos, busca agora se restabelecer, especialmente em função das tarifas punitivas. A visita de Lula à Malásia e seus comentários sobre a ONU levantam questões urgentes sobre a responsabilidade das instituições internacionais em tempos de crise.