O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou, em Kuala Lumpur, na Malásia, que a falta de lideranças é um dos principais problemas enfrentados pelo mundo, contribuindo para a persistência de guerras e fome. Durante um encontro com o primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, Lula abordou a guerra na Ucrânia e o conflito no Oriente Médio, referindo-se à situação da Palestina como um genocídio. Ele ressaltou que a ineficácia do Conselho de Segurança da ONU tem sido um fator determinante para a propagação desses conflitos.
O presidente argumentou que as guerras e desastres ambientais são resultado da ausência de instrumentos de governança global. Lula criticou a normalização da fome como forma de tortura, afirmando que as instituições multilaterais falharam em suas responsabilidades. Ele também chamou a atenção para a necessidade urgente de uma ação coletiva para preservar o meio ambiente e evitar a destruição do planeta, enfatizando que a COP30 em Belém será um marco para essa discussão.
Na visita à Malásia, Lula destacou que a relação entre os dois países pode evoluir para além do comércio, com um volume de exportações e importações de US$ 5,8 bilhões ao ano. O presidente defendeu que a política deve priorizar o humanismo e a ajuda aos mais pobres, afirmando que a verdadeira liderança está em cuidar das pessoas. O primeiro-ministro da Malásia reconheceu o papel de Lula como líder, enquanto o presidente brasileiro receberá um título de Doutor Honoris Causa em reconhecimento a suas contribuições.

